SERÁ A CRISE DA MEIA IDADE?
Analisando
os aspectos tensionantes de Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão neste
período de tempo de nossa vida.
Este é provavelmente o período mais
estressante que possamos experimentar em termos de ciclo de vida. As pessoas
tendem a brincar com a crise da meia-idade, mas realmente não é uma
brincadeira.
Na crise de meia-idade sentimos atingir o
ápice da vida. Precisamos reavaliar nosso estilo de vida para ver onde temos
estado e para onde estamos indo. Precisamos reexaminar os objetivos que
estabelecemos para nós mesmos, talvez pela primeira vez desde que os
estabelecemos há muitos anos.
Nesse período o que se mostra como uma
pequena mudança de percepção pode se converter em crise de grandes proporções,
caso não demos atenção suficiente àquilo que a psique está insistentemente
tentando transmitir.
O ciclo de Júpiter indica que se não estivermos acrescentando alguém a nossa
vida, se não estivermos compartilhando, ficaremos inquietos porque alguma coisa
não está no seu normal. De alguma forma você deveremos nos tornar mais abertos,
sendo importante permitir que os outros participem da nossa vida. Quanto mais
lutarmos contra se abrir, mais seremos forçados a lidar com energias externas.
Se alguma coisa não quer mudar ficaremos muito mal-humorados e insociáveis,
porque para começar essa nova fase de vida, devemos nos abrir de alguma
maneira.
Saturno nos orienta para uma
época de autoanálise, marcada por frequentes ataques de inquietude e desejos de
mudanças e pode desagregar até a mais satisfeita ou controlada das pessoas.
O ciclo de Urano diz que devemos fazer alguma coisa diferente da nossa vida,
que esse é o momento de mudar. Traz o impulso para uma nova fase de
desenvolvimento, indicando que precisamos ‘ver’ nossa vida de uma maneira
diferente.
Netuno sinaliza que
muitas esperanças são desfeitas durante este período. Independente do nosso sonho
ou objetivo, independente da nossa fonte de inspiração, algo se dissolverá
agora e alguma fase da vida deverá ser colocada em ordem, para ficarmos ainda
mais conectados com nossa essência divina.
Plutão causa sentimentos
de ‘perda de controle’ e podemos nos sentir realmente sozinhos nesse período. A
motivação para mudança agora é pessoal e deriva das profundezas do inconsciente
da personalidade. Plutão traz o medo da perda e de perder o controle. Esta
perda de controle pode realmente estar acontecendo em alguma área de nossa
vida. Todos nossos sentimentos de autovalorização ou de méritos pessoais estão sendo
testados.
Nesse Ciclo uma busca por sentido é
iniciada com sinceridade, e precisamos atender a demanda interior de examinar
os recônditos mais profundos e remotos da alma. Parte do tempo vamos lamentar e
recordar oportunidades anteriores que se foram para sempre. Até certo ponto,
essa lamentação é necessária e saudável, porque alguma coisa realmente morreu e
então precisa ser abandonada – uma boa ideia é ritualizar o que identificamos
que não tem jeito de resgatar!
Mudanças de carreira, estilo de vida, país
ou relacionamento, são marcos dessa época. O aprofundamento dos compromissos
pessoais também faz parte dessa mudança, mas somente se as coisas às quais estivemos
ligados forem adequadas à consecução do nosso objetivo de vida.
Se aconteceu de negarmos constantemente alguns
aspectos de nossa natureza, eles se vingarão durante esta fase. Quando as
características socialmente menos aceitáveis da personalidade são reprimidas,
elas podem emergir e criar o caos numa vida até então bem ordenada. É muito importante
rever a vida e examinar quais aspectos da natureza pessoal ficaram
subdesenvolvidos.
Pode ser um período muito enriquecedor,
compensador e gratificante, caso reconheçamos que, ao seguir um caminho de honestidade
e integridade, estaremos sendo responsáveis e apropriados à nossa própria
integridade pessoal. Se desafiamos a nós mesmos nessa época e descobrimos que
realmente temos algo novo a oferecer, a oportunidade de expressar o ‘novo Self’
começará a emergir.
Essa segunda metade da vida deve ser vivida
ao máximo e devemos saber lidar com as mudanças inevitáveis para um sadio
processo de maturação. A crise da meia-idade é essencialmente um renascimento.
Lucimara
Stráda